Oitava Colina

Blog nada a ver, só por distração...

8/31/2006

Aula 9, ou: há uma mensagem escondida aqui... encontre-a!!!!

Pois bem, galera, na terça feira a aula de Fundamentos foi no anfiteatro da biblioteca, onde o professor André deu início a um novo e interessante assunto: o uso de mensagens subliminares na comunicação visual - entenda esta como a transmitida pelo cinema e mídia impressa.
Mas o que é uma mensagem subliminar? Praticamente, seria uma mensagem escondida dentro de outra visível e conhecida. Esse tipo de mensagem se manifesta através de desenhos ou palavras, sempre de modo sutil e quase imperceptível ao simples olhar. Sim, porque muitas vezes é necessário uma longa observação para perceber onde a mensagem subliminar aparece.
No entanto, é preciso deixar claro que isso não é um fenômeno a esmo. É um trabalho muito bem planejado e sempre com um objetivo em vista: transmitir uma mensagem a um grupo específico ou divulgar algum produto. É o mesmo caso daquelas famosas histórias de canções que, se rodadas ao contrário, resultam em supostas mensagens satânicas (tipo as músicas da Xuxa). Se bem que, no caso das músicas, ainda não se tem certeza se é mesmo uma mensagem subliminar ou apenas uma brincadeira de mau gosto.
No caso de propagandas impressas os exemplos são bem maiores. Em muitos casos, não há bem uma mensagem subliminar, mas a própria imagem já indica o que o anunciante quer passar. Por exemplo, a propaganda do cigarro acima mostra que fumar traz beleza e prazer, ao lado de uma bela mulher. Claro que isso não é verdade. E a propaganda de bebida acima está relacionada, nesse caso bem visivelmente, ao sexo.
O professor mostrou alguns exemplos clássicos em filmes e propagandas, e assim pudemos ver o quanto que o ser humano é passível a ser enganado e manipulado por pequenas coisas.

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Acharam a mensagem? Hehehe...

Aula 8, ou: A casa caiu!!!!!!


Segunda feira foi o encerramento das apresentações do livro O corpo fala. Foi a minha apresentação também!!!!!! O nosso grupo, chamado de A casa caiu, falou a respeito do território, ou seja, aquele espaço que cada pessoa possui. Território este que pode ser compartilhado por outras pessoas ou mesmo disputado, nem sempre amigavelmente. Para exemplificar esse fato, nosso grupo fez uma apresentação bem divertida sobre a seguinte cena do livro:
Enfim, ao terminar o estudo desse livro, pudemos perceber o quanto que se pode analisar sobre o comportamento humano apenas pelo fato de prestarmos mais atenção em pequenos gestos do cotidiano. Ah, sim, e o outro grupo que apresentou também caprichou no trabalho!!!!!

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Chorem não que tem imagens da nossa apresentação... mas não no momento. Assim que eu encontrá-las, posto aqui, falou? Beijos...

8/27/2006

Uma tarde de domingo com sustos


Hoje é domingo, dia de descanso; e foi isso que eu fiz, e nada melhor pra relaxar e preparar o espírito pra semana que se inicia do que ver um filminho no cinema. Pois bem, pensando nisso, assisti ao filme do cartaz acima. Ficha técnica e sinopse rápida aqui: http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/assombracao/assombracao.asp
Se é bom? Sim, especialmente se você, como eu, adora filmes de terror e suspense. Vamos ao comentário.
O filme conta a história de uma escritora famosa que está sobre pressão sobre dois aspectos: no lado profissional, tem de enfrentar o fato de que seu agente soltou sem querer à imprensa a informação de que ela está escrevendo um novo romance, e agora ela tem que terminá-lo. E no lado pessoal, ela recebe a insistência de um ex-amante que retorna para lhe pedir uma nova chance.
Pois bem, enquanto tem que encarar esses problemas, ela percebe que há algo estranho acontecendo enquanto ela escreve o livro. Sombras, telefonemas sinistros, rajadas de vento vindas do nada, fios de cabelos na banheira... estão lembrados de O grito e O chamado? Então as semelhanças acabam aí; daqui pra frente, o mero terror dá lugar a uma trama muito interessante.
Aos poucos, ela percebe que os eventos estranhos tem a ver com aquilo que ela escreve - ou deixa de escrever, o que será de fundamental importância no decorrer da trama. De repente, ela acaba adentrando num universo paralelo, um universo caótico, escuro e despedaçado, cheio de mortos-vivos, que se modifica profundamente a cada momento, mas com um elemento principal: a presença de uma criatura sinistra, sem rosto, que persegue a jovem escritora a todo instante.
Mas no meio de todo esse caos, surge a figura de uma garotinha que busca ajudar a protagonista a sair desse mundo ao qual ela não pertence - ou, pelo menos, ajudá-la a desvendar os mistérios por trás desse mundo. Numa jornada por várias fases fantásticas - mas ao mesmo tempo assustadoras - a garotinha revela o que é esse mundo: o mundo das coisas descartadas, das idéias jogadas fora, dos bebês abortados (esta cena é assustadora: vários fetos monstruosos pendurados numa espécie de útero sombrio, em forma de caverna), dos mortos esquecidos (já esta cena é comovente: as duas tentam passar pelos mortos distribuindo flores a cada um deles, símbolo da veneração). Todos esses elementos, juntos, revelam a tristeza, o sofrimento e a desolação causadas pelo abandono, e que resultam no ódio e na revolta das criaturas que vivem nesse ambiente. A sombra que assusta a escritora em seu apartamente é, na verdade, uma protagonista de um romance que a escritora não quis utilizar.
Depois de muitos percalços, a escritora chega ao lugar que seria a saída daquele mundo. Mas a surpresa - ou golpe - final é saber quem é a garotinha: é a filha da escritora. Uma filha que não nasceu, porque fora abortada há 8 anos atrás, e agora queria saber por que sua mãe a rejeitara. Uma cena tocante, porque envolve a complicada atitude do perdão e do arrependimento. As duas não podem estar juntas, porque uma é real, e a outra é uma criatura abandonada, fadada a estar eternamente naquele mundo.
O final é meio que reticente, com várias interpretações possíveis. Eu diria que tem muito a ver com a relação entre a literatura e o autor: de alguma forma um se sente ligado ao outro, ou seja, o autor se sente uma personagem de sua obra; nesse filme, essa relação foi muito além, o que fez com que a escritora se tornasse parte de seu romance, mas de tal maneira que se torna impossível dissociar-se dele.

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Filme de terror sem uma gota de sangue!!!!! E nem por isso deixei de dar meus pulos na cadeira... hehehe!!!!

8/26/2006

Seminários da aula de Técnicas de Reportagem

Ontem se iniciaram os debates na aula de Técnicas de Reportagem, Entrevista e Pesquisa - ou TREP, como queiram - a respeito de uma lista de livros que o professor André pediu que a sala lesse. Claro que não deu tempo de apresentar todas as obras, mas os debates que houveram foram muito proveitosos, e quem não leu os livros comentados com certeza se interessou por eles. Eu mesma vou lê-los, assim que puder. Ah, sim, ainda não deu pra apresentar o livro que eu li, mas semana que vem.

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Não ando muito bem atualizada das notícias, confesso. Mas é por bons motivos. Vou tentar me informar mais.

8/23/2006

Aula 7, ou: Outros trabalhos do livro

Ontem as apresentações de O corpo fala continuaram... de caipiras da fazenda a bêbados, de repórteres do Jornal Nacional a homossexuais à beira de um ataque de nervos, teve de tudo nas performances dos grupos, o que deixou a aula pra lá de descontraída. Tudo isso para refletir o assunto do livro, sobre as relações entre linguagem corporal e sentimentos.
Agora com licença que dessa vez é um trabalho de Administração e Marketing que está implorando pra ser terminado... FUI!!! Hehe...

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Tá chegando a hora... segunda feira é a apresentação do MEU grupo!!!!! O King Kong (porque nem mico vai ser) do semestre se aproxima!!!! Aguardem...

8/22/2006

Aula 6, ou: Mais apresentações do livro

Nesse dia houve mais apresentações do livro O corpo fala. Bom, é só isso. Tenho um trabalho de Estética pra fazer e ainda não comecei. Mais novidades amanhã, beijos... Hehehehe...

8/20/2006

Falando sobre TREP

Não, engraçadinho, não é nada do que vc está pensando... hahaha! Na verdade TREP é o nome carinhoso que o pessoal do segundo período designou para a disciplina Técnicas de Reportagem, Entrevista e Pesquisa, ministrada pelo professor André. Como o próprio nome indica, nessa matéria vamos aprender como fazer uma entrevista de verdade.
Desde o início do semestre, as aulas dessa disciplina visam analisar as melhores manerias de se conduzir uma entrevista, de uma maneira objetiva e crítica. Uma das atividades feitas em sala foi assistir ao filme Bem me quer, mal me quer - cuja resenha já postei por aqui. E, recentemente, as aulas foram voltadas para a análise do livro Entrevista - O diálogo possível, de Cremilda de Araújo Medina. a turma foi dividida em grupos, e cada grupo iria apresentar dois capítulos do referido livro.
O meu grupo ficou responsável pela análise do capítulo 11 e 12. Basicamente, na minha opinião, esses capítulos fizeram uma interessante analogia entre a literatura e o jornalismo. Isso porque, durante muitos anos, essas duas áreas estiveram relacionadas entre si - basta observar que a grande maioria de nossos escritores e poetas foram ou são jornalistas - e muitas vezes compartilham as mesmas características. Como exemplos, o foco narrativo e a lógica linear de um texto, que são termos aplicáveis aos dois casos.
Com isso, eu e meus colegas pudemos ter mais uma noção de como deve ser um bom profissional a partir do momento em que se começa a conduzir bem uma entrevista, levando em conta a pessoa do entrevistado e o conhecimento que este pode transmitir.

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Vai ser um blog pra duas disciplinas. Mas nada de pânico, por favor... hihihi...

8/15/2006

Aula 5, ou: Primeiras apresentações sobre o livro

Ontem foi início das apresentações sobre o livro O corpo fala. De maneira descontraída e criativa, os 3 grupos falaram sobre os principais destaques de cada capítulo do livro, sempre dando ênfase ao modo como a linguagem corporal é feita.
A imaginação e o improviso foram as marcas da aula. Sem falar do humor - foi impossível segurar o riso enquanto os grupos apresentavam.

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Os colegas que se fizeram de mulher e de gays, estavam di-vi-nos!!!!!!! Hehehehehe... Brincadeirinha, mas podem rir quando for a vez do meu grupo, tá?

8/13/2006

Só a bobagem nos salva...


Este texto é dedicado a todos os meus caros colegas da Publicidade e Propaganda, e também para todos aqueles que gostam de ver soisas absurdas e engraçadas. É um site de "pérolas" da propaganda - pérolas no sentido de campanhas engraçadas, sem noção ou mesmo politicamente incorretas e de mau gosto explícito. Mas não é só pra rir não: é pra ver que até pra criatividade é preciso ter um certo limite, ok? Confiram em: http://www.desencannes.com/perolas.php. Foi de onde eu tirei a imagem acima. Pergunta valendo 1, 99: isso aí é campanha anti-fumo? Em qual planeta???

8/12/2006

Feriado taí

Bem, mais um feriadão prolongado - pelo menos pra mim, que vou emendar a segunda com a terça no trabalho. Oportunidade única pra tirar o atraso na faxina, nas leituras e no sono. Sim, pretendo dormir muito, hehe... não sem antes curtir uma musiquinha, que ninguém é de ferro. Para todos os meus amigos uberabenses, um ótimo feriado!!!!!!!

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Mas aqui ainda vão surgir mais textos, não se preocupem...

8/11/2006

Sem comentários...


Olhem bem para a imagem ao lado. Linda, não? Ilustra um momento importante entre uma mãe e seu bebê. Essa é a opinião minha e com certeza é também a sua. Mas... não foi isso que viram os leitores norte-americanos:

07/08/2006 - 16h58
Foto de amamentação em revista gera protestos nos EUA - France Presse, em Washington

Leitores da revista americana "Babytalk", voltada para jovens mães, estão furiosos com a capa do último número da publicação, que estampa uma mulher amamentando. Alguns consideraram a foto ofensiva e repulsiva."Fiquei chocada ao ver um seio enorme na capa da sua revista", escreveu uma leitora do Kansas ao comentar a foto da capa da última edição da revista, que tem distribuição gratuita. "Fiquei ofendida e meu marido mostrou muito desconforto quando deixei a revista sobre a mesa do café", acrescentou.Essa reação foi apenas uma das 5.000 cartas que a revista recebeu em resposta a uma pesquisa para averiguar como o leitor se sentia com a foto de capa da edição de agosto da revista, que mostra um bebê mamando no peito.Alguns leitores disseram ter ficado "envergonhados" ou "ofendidos" com a foto. Uma mulher de Nevada disse que virou a capa da revista para baixo "imediatamente". "É nojento. Fiquei doente de ver um bebê agarrado a um peito", destacou a mulher, mãe de um bebê de quatro meses.Outra leitora disse ter ficado "horrorizada" ao receber a revista e que espera que o marido não tenha colocado os olhos nela. "Tive de rasgar a capa porque não queria que ficasse rodando pela casa", acrescentou.Um programa de audiência nacional também entrou na polêmica, entrevistando algumas pessoas em Nova York que declararam ter sentido aversão à foto. A imagem de capa foi publicada para ilustrar a polêmica em torno da amamentação nos Estados Unidos, onde uma pesquisa nacional feita pela Associação Dietética Americana revelou que 57% dos entrevistados se opõem a que as mulheres amamentem em público e que 72% pensam que é inapropriado mostrar uma mulher amamentando em programas de TV.A editora-executiva da revista, Lisa Moran, disse que, embora a maioria dos que responderam à pesquisa sobre a foto de capa tenham tido uma reação positiva, ela ficou surpresa com os 25% que expressaram afronta."Realmente existe uma faixa puritana na América", disse Moran. "Você vê celebridades praticamente expondo seus seios todo o tempo e ninguém parece ver nisso um contexto sexual, [..] mas muitos se sentem desconfortáveis com o contexto muito natural de uma mãe alimentar seu filho", acrescentou.Ela disse que a polêmica é ainda mais surpreendente à luz dos esforços concentrados do governo americano e de profissionais de saúde para encorajar as mulheres a amamentar. "Todos dizem que a amamentação é melhor para o bebê, mas há pouco apoio do público", lamentou Moran.A editora afirmou ainda que a foto da "Babytalk" marca a primeira vez que uma grande revista voltada para os pais nos Estados Unidos ousa quebrar o tabu de mostrar o seio de uma mulher. Segundo Moran, o ultraje que a imagem causou não impedirá que os editores voltem a publicar uma foto assim."Isso não nos assustou em absoluto", disse Moran. "Estamos emocionados e esperançosos de que isso ajude as mulheres a conseguirem mais apoio para a amamentação", concluiu.

Gente, o que tem na cabeça desse povo? Vão querer dizer que há apelo sexual em amamentar uma criança em público? Por favor! Os Estados Unidos chegaram a um ponto de puritanismo e hipocrisia que, a meu ver, está se tornando tanto ridículo quanto intolerante. Amamentar seu filho em público e incentivar as mães a fazer o mesmo não pode - decerto é assédio sexual. Mas oprimir países pobres, invadir a bel-prazer territórios alheios e bombardear inocentes pode - decerto é bonito, é saudável, faz bem para a pele de Bush e de todos os conservadores.
Provavelmente quem condena essa imagem nunca foi amamentado. Nem amado. E não ama ninguém.

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Agora o que revolta é esse depoimento: "É nojento. Fiquei doente de ver um bebê agarrado a um peito", destacou a mulher, mãe de um bebê de quatro meses. Que espécie de mãe é essa, alguém me responda? Com o que ela alimenta o seu próprio filho, com um Big Mac?

8/09/2006

Aula 4, ou: Vejam e abram o olho

Falar da Veja é como mexer em vespeiro... além de fazer barulho ainda se corre o risco de levar umas ferroadas. Na aula de ontem, o assunto foi averiguar se essa publicação é racista. O resultado é que uma quantidade mínima de negros é retratada nas notícias e na publicidade da revista, e, quando isso ocorre, é para ilustrar reportagens sobre futebol, Carnaval, notas policiais ou miséria (nesse caso, em especial, na África). E sempre dando a entender que os negros são pobres, bandidos ou que só servem para sambar e jogar futebol.
A revista Veja é muito criticada por manipular informações, e o fato de tal tratamento com as pessoas negras é algo para se refletir. Mas não é só ela. Observem as novelas da Globo; onde os atores negros conseguem papéis, que não sejam em folhetins sobre a escravidão e sobre periferias? E quando há personagens negros na trama que não são empregados, há sempre uma explicação obscura para o sucesso dos personagens "bem de vida". Lembram-se da novela Torre de Babel? Foi um dos pouquíssimos casos de uma família negra de classe média alta nas novelas, e sabe por quê? Porque o chefe dessa família presenciou um crime e ganhou uma grande quantia para calar a boca. Ou seja, passa-se a impressão que negro só sobe na vida por meios ilícitos.
Se isso não for preconceito, eu não sei como chamar... mas, não se deve esquecer, a Veja apenas reflete o pensamento da elite que acha que há democracia racial no país.

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Mas vamos admitir: enquanto o Brasil não mudar essa mentalidade de insistir na imagem "mulata boa de rebolado e crioulo bom de bola" - pra atrair turista, diga-se de passagem - , o preconceito não acaba. Aqui não tem só futebol e samba não, gente...

Aula 3, ou: O corpo fala mas pouca gente escuta

A aula da segunda feira (eu sei, eu sei, hoje é quarta, não tive muito tempo, piedade de mim... hihi) foi sobre o conteúdo do livro O corpo fala, de Pierre Weil. Essa será minha próxima leitura. Mas, adiantando o tema, o professor André explicou sobre a importância de se observar os gestos e atitudes das pessoas em algumas situações.
Pro exemplo, através de gestos sutis - e, na maioria dos casos, involuntários - é possível perceber se a pessoa está realmente interessada numa conversa ou se ela está se esquivando, louca pra ir embora. Pra ilustrar melhor: suponhamos que eu estou conversando com alguém, mas esse alguém ou está apressado, ou não está a fim de papo; além de responder vagamente, ela faz gestos como se estivesse se preparando pra correr, entendem? Pois bem, são essas relações entre gestos aparentes e intenções escondidas que foram o assunto da aula em questão.
Todos esses gestos revelam aspectos do ser humano referentes aos instintos, às emoções e à razão, que comandam o comportamento humano em geral.
É claro que resta a nós sabermos identificar esses detalhes, ou seja, interpretar a linguagem corporal.

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Instintos, emoções e razão chamados pelo autor, carinhosa e respectivamente, de "boi, leão e águia". Relax, mais pra frente eu explico o porquê.

8/08/2006

Eu tava devendo uma análise de filme de acordo com a receita de como fazer filme, né? Foi mal aí, estudos, trabalho, e mais trabalho dá nisso... mas promessa é dívida, e lá vamos nós...
O filme escolhido foi o primeiro X-Men (que, vamos falar a verdade, consegue ser bem melhor que os outros dois, ainda que sejam magníficos). É um comentário bem enxuto, mas pode valer para outros filmes também, sobretudo aqueles de aventura, ficção ou de heróis:

PRIMEIRO ATO – APRESENTAÇÃO
Mundo comum: Logan é um homem solitário, que não sabe do seu passado, e que tem dons especiais.
Chamado à aventura: ao ajudar uma jovem chamada Marie, ele se envolve com um grupo de mutantes terroristas que querem raptá-la.
Recusa do chamado: chamado a fazer parte dos X-Men, Logan a princípio recusa.
Encontro com o mentor: conversando com o professor Xavier, Logan descobre que pode descobrir algo de seu próprio passado.
Travessia do primeiro limiar: adaptar-se ao Instituto e aos novos companheiros é a primeira prova que Logan tem de enfrentar.
SEGUNDO ATO – CONFLITO
Testes, aliados e inimigos: Logan descobre quem são seus amigos e também trava contato com seus inimigos, em especial Dentes de Sabre e Magneto.
Aproximação da caverna oculta: Logan descobre as reais intenções de Magneto, que envolvem a jovem Marie.
Provação suprema: a luta na Estátua da Liberdade, em que Logan e os outros X-Men têm de resgatar Marie.
Recompensa: Marie é resgatada e Magneto é entregue às autoridades.
TERCEIRO ATO – RESOLUÇÃO
Caminho de volta: o preço que Logan paga por salvar Marie é exaurir seus poderes, o que quase o mata.
Ressurreição: Logan se recupera, e passa a integrar o grupo.Retorno com o elixir: derrotado Magneto, resta aos X-Men enfrentar a sociedade que não os aceitam. Mas, unidos, se sentem mais preparados para tal missão.

Entenderam mais ou menos como funciona? Troquem o nome do personagem, a situação e o ambiente que dá quase no mesmo. Os roteiros realmente parecem já estar pré-programados, basta acrescentar algum elemento que torne a trama mais... "criativa". Coisas de Hollywood...


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Mas essa receita não vale só pra filme. Muitos livros também parecem seguir um roteirinho básico nesse estilo... mas deixemos esse assunto pra uma próxima vez.

8/06/2006

Como fazer um filme

Seguindo o roteiro de Christopher Vogler, fazer um filme arrasta-multidões é fácil. É só seguir essa receitinha, escolher um elenco, gastar uma quantidade violenta de dinheiro e voilá! Temos um filmaço campeão de bilheteria:

PRIMEIRO ATO – APRESENTAÇÃO
Mundo comum
Chamado à aventura
Recusa do chamado
Encontro com o mentor
Travessia do primeiro limiar

SEGUNDO ATO – CONFLITO
Testes, aliados e inimigos
Aproximação da caverna oculta
Provação suprema
Recompensa

TERCEIRO ATO – RESOLUÇÃO
Caminho de volta
Ressurreição
Retorno com o elixir

O que, não entendeu como funciona? Calma, no texto a seguir explicarei com um exemplo. Minutinho, é o tempo de estourar uma pipoquinha básica...

8/05/2006

Amor, ilusão e loucura - análise de filme

Uma jovem que tem um caso com um homem casado, daqueles que não decidem se deixam a esposa ou não, faz o que pode e o que não deve para viver esse amor. Essa é a história de Angélique. Ou, pelo menos, é isso o que ela pensa... e que o espectador supõe, até um certo ponto do filme Bem me quer, mal me quer (A La Folie... Pas Du Tout, França, 2002. Direção: Laetitia Colombani). Se quem estiver lendo este texto não viu o filme ainda, se prepara que lá vem spoiler (ou seja, vou estragar a surpresa...).
Nos primeiros minutos do filme, achamos que será mais uma típica história de romance não correspondido, ao acompanharmos o esforço de Angélique (Audrey Tatou) em ter o médico Loic (Samuel Le Bahin) só pra ela, ainda que este seja casado com uma bela advogada e esteja prestes a ter seu primeiro filho. Angélique tem esperança que ele abandone tudo por ela, tem a absoluta convicção de que ele também a ama, embora seus amigos a aconselhem de que ele é um canalha que irá deixá-la de lado. E nós também acreditamos que o doutor Loic é um tratante.
De início, Angélique tenta conquistar o médico com flores, recados, bilhetes, pinturas. Depois, precipita-se em mandar a chave de sua casa e uma passagem de avião - crente de que ele fugirá com ela. Mas, à medida em que seus presentes não conseguem o efeito desejado, chega a atos extremos, como atropelar a esposa do médico para que ela aborte e assassinar uma paciente que o acusa de agressão. Preso injustamente como suspeito desse assassinato, Loic é amparado pela mulher. Ao presenciar isso, Angélique tenta o suicídio. E é aqui que a história retorna ao seu início, mas sob um novo olhar: o do doutor Loic. E tudo começa a fazer sentido...
Na verdade, Loic não ama Angélique. Aliás, nem a conhece!! Mas da maneira como os fatos reais são dispostos no início do filme, o espectador acredita que haja mesmo um romance sério entre os dois. Mas a partir do momento em que esses fatos são vistos de perto, percebemos que o que realmente existe é uma ilusão romântica que evolui para o despertar do que há de mais sinistro em Angélique (que se revela uma portadora de um distúrbio psicológico inofensivo a princípio e grave no final), levando à ruína pessoal e profissional de Loic.
A grande reflexão que se faz desse filme - sobretudo para quem está no ramo do jornalismo - é que a verdade nem sempre é aquilo que aparenta, e que um determinado fato possui mais de uma versão - e uma delas é a certa. No caso do filme, se um repórter for investigar o caso entrevistando somente um dos amigos de Angélique, ele acreditará - e pior, publicará - a versão que houve um caso de amor mal resolvido. Mas se ele, além disso, investigar todos os lados envolvidos, verá que houve um equívoco causado por uma mente doente, de uma jovem que pensou encontrar o homem de sua vida só porque este lhe deu uma flor. Dessa forma, antes de sair publicando qualquer fato, o jornalista deve primeiro parar e analisar o que realmente aconteceu, por que aconteceu e quem de fato esteve envolvido, para não prejudicar pessoas inocentes.
E para terminar, um elogio ao roteiro bem elaborado, que misturou romance, drama e suspense. Mais uma coisa: bem bolado a escolha do nome da personagem principal; uma contradição, já que ela, de angelical, só tem a carinha e o nome...

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Notas rápidas sobre o elenco: Amélie Tatou é a mocinha de O código Da Vinci, e Samuel Le Brahin é o protagonista de O pacto dos lobos. O primeiro filme vá lá, mas o segundo... nem tanto. Vejam e comprovem.

8/03/2006

Quanta modéstia

"Quando Alberto de Oliveira se preparava para publicar a quarta série de suas Poesias, fecho daquilo que, citando o verso camoniano, considerava a 'peregrinação cansada minha', um jornalista lhe perguntou se seria um livro volumoso.
E o poeta, afilando as linhas do bigode:
- Trezentas páginas - respondeu.
E logo acrescentou:
- Detesto os folhetos. Sempre gostei dos livros que ficam em pé na estante. Um livro que não fica em pé na estante não fica em pé na eternidade."

E aí, já leram o "eterno" Poesias de Alberto de Oliveira? Não? Tudo bem, eu também não li.

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Alguns livros que eu gosto de ler e reler, meu caro Alberto de Oliveira, não ficam em pé na estante.
(A história acima relatada foi retirada do livro Anedotário geral da Academia Brasileira, Josué Montello. Uma obra de 480 páginas que realmente fica em pé na estante, mas, francamente, é maçante. E se eu não tivesse, por acaso, batido o olho na capa e pegado, seria mais um livro eternamente esquecido naquela estante da biblioteca. Detalhe: nunca ouvi falar nesse livro.)

8/02/2006

Aula 2, ou: Estuda, moleque!

Aula de ontem foi sobre os caminhos do conhecimento após o Ensino Médio: começando pela graduação, passando pela pós, seguindo pelo mestrado e acabando no doutorado. Claro que nem todo mundo segue essa trilha completa - não é fácil, sabia? -, o máxino que a grande maioria consegue é concluir a graduação na universidade.
De toda forma, mesmo sabendo que a universidade oferece muitos recursos para que o aluno adquira conhecimento, é interessante refletir que o verdadeiro aprendizado vem do próprio aluno. Não adianta ele estar dentro de uma sala de aula se a sua mente está longe, pensando em outras coisas. É preciso que ele queira aprender para que os ensinamentos dos professores sejam aproveitados.
Além disso, mais do que somente prestar atenção na aula, o universitário deve cultivar o hábito da leitura. E isso não se aplica somente enquanto ele estiver estudando. A leitura é importante fonte de divertimento e instrução, e não deve ser descartada da vida de alguém, especialmente se esse alguém possui intenções de se tornar um bom profissional ou um bom cidadão.

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Sabe aquela estrela solitária em cima do "Ordem e Progresso" na bandeira brasileira? Sabia que essa estrelinha representa o Amapá, e não o Distrito Federal, como muita gente acha? É, fiquei sabendo ontem na aula. E teve quem disse querer processar a professora do primário por isso. Como dizem... vivendo e aprendendo.

8/01/2006

Aula 1, ou: Pequenos grãos de areia na praia do universo

O título pomposo acima - pomposo e não muito original, fala sério... - refere-se ao assunto da primeira aula de ontem do professor André. Basicamente, foi sobre algumas teorias existentes a respeito do fato que nós, seres humanos, não somos tão únicos assim. Explicarei - melhor, tentarei explicar - essa afirmativa. Muita gente fala que o ser humano é um só, pronto e acabou, certo? Não para alguns pensadores. Um deles - o André disse o nome mas agora não me vem à mente - argumentou que o homem na verdade é formado de várias células. Até aí todo mundo já sabe, mas o que se inova aqui é o conceito de que cada célula seria, por assim dizer, um indivíduo. E que esse monte de "indivíduos" por sua vez consistiriam um novo sistema, que esse sistema mais outros consistiriam num ser humano. E que o conjunto de seres humanos, mais cada conjunto de animais existentes no mundo formariam a Terra. E que a Terra poderia vir a ser parte de um outro sistema, mais superior, e que se eu for especular a sua existência, vai me dar um nó nas idéias - tá, isso não foi o professor que falou, óbvio. De toda maneira, a aula serviu para reforçar mais uma vez a idéia de que o ser humano, por mais que se julgue superior a tudo e a todos, não passa de pouquinha coisa frente à imensidão do universo sem fim.
E, para ilustrar de maneira prática o que disse, André nos convidou a ir contemplar o céu fora da sala.



Céu que poderia estar menos nublado, por sinal. Mal contei umas cinco estrelas...

Primeira semana de aula

Pois bem, semana passada voltaram as aulas na faculdade. Segundo semestre, aquela empolgação presente na cara de 99 por cento dos universitários que, cansados das férias, com certeza estavam ansiosos pela volta da rotina escolar (ô, se estavam...hihi). Primeiros dias, apresentação de professores, explicação de como são as novas disciplinas, como funciona o sistema de notas, essas coisas. Como já é a terceira vez que piso numa universidade, pra mim tudo isso passou sem maiores surpresas. Espero que a "calourada" tenha tido mais animação.
Na terça feira o professor André não pôde dar aula - por motivos sérios e justificados - e deixara um aviso para que os alunos fossem conhecer a Biblioteca. Poxa, André, mas eu já a conheço... mesmo assim eu fui.

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Uma hora e meia lendo Veja, Capricho, Nova, Marie Clarie. Ler é aprender, mas a nova versão da Capricho está uma tristeza. (Obs.: não que alguma vez foi alegre. Desculpe-me quem gostar.)

Pausa para apresentação

Cof, cof... hã... isso aqui tá ligado? Tá? Beleza, lá vamos nós...

Inicialmente, gostaria de agradecer a todos os que me eleg... ih, desculpem, discurso errado, hehe... Bom, dessa maneira um tanto sem jeito começo este espaço primeiramente dedicado a atividades acadêmicas - mas que pode ser usado também para um eventual comentário extra, afinal, falar só de atividades escolares enche, né?
Inclusive a mim. Divirtam-se...